Em 2012, o governo estudou adotar medidas de redução de danos para o aborto ilegal, mas a bancada religiosa do congresso nacional criticou veementemente a iniciativa e o projeto foi retirado.
Tem que ser realmente assim?
Por Vitória Carvalho Barreto
Educação
sexual, aborto, juventude, homossexualismo, homofobia. Um conjunto de assuntos
polêmicos, no entanto muitos preferem não abordar, por serem conservadores ou
até mesmo por medo do que possa acontecer.
A
bancada religiosa ao interferir nos projetos que dizem respeito ao aborto coloca
em risco a vida de muitas jovens, pois o aborto inseguro é a quinta causa de
morte materna com mais de 230 mil internações todos os anos. Ao ver esses
números podemos assim dizer que é essencial conversar com os jovens sobre a
educação sexual para que em um futuro próximo não venha ocorrer eventos
indesejáveis, como uma gravidez precoce ou algum tipo de doença. Mesmo ciente
destes riscos, os deputados evangélicos e católicos por colocarem suas crenças acima do seu dever e
os demais parlamentares por receio da reação da sociedade optam por não fazerem
mudanças nas leis.
A sociedade apoia essa postura dos parlamentares e em casos extremos há familiares que preferem o ensino domiciliar ao ensino público ou privado, para que desta forma
seus filhos não tenham maus exemplos. Só em Minas Gerais são 200 casos de
“homeschooling”, na maioria famílias religiosas, que por quererem ter mais controle sobre a educação moral dos filhos optaram pelo ensino domiciliar.
Como
podemos ver a participação de políticos e de familiares vem sendo negativa em
relação à educação para a sexualidade, pois consideram que o melhor é do jeito
que estão fazendo. Mas tem que ser realmente assim? Não, pois é dever do Estado e da família assegurarem
o aceso à informação, favorecer um diálogo aberto e compreender melhor os
jovens neste período de incertezas e curiosidades.
Gostei do seu texto e concordo com você que tanto família como Estado não cumprem seu papel adequadamente. E muitas vezes cobram da escola, um papel que não é seu. Os jovens precisam de muita informação e apoio nesse momento de incertezas. um abraço
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