Por Leila Vilela
A
consultoria britânica Economist Intelilgence Unit (EIU) classificou 121 países
de acordo com seu grau de paz e o Brasil, longe do sucesso obtido em copas do
mundo, ocupa uma vergonhosa 830 posição. Mas essa informação
provavelmente deve ter passado despercebida entre as notícias sobre futebol,
trocas de tiros nos morros e mortes por balas perdidas. Em meio à alegria
trazida pela paixão nacional e a naturalização da violência, as pessoas que
vivem a margem da sociedade vão se acostumando com a ineficiência do poder
público e buscando no mundo do crime o subemprego que os sustentem. Eis a
receita da violência no Brasil.
O
capitalismo acirrou a separação entre as pessoas, instituindo espaços
diferentes para se viver, e por que não dizer, até mesmo em tempos diferentes.
Comparada a insuficiência de recursos que vivem as pessoas miseráveis à
tecnologia facilitadora que usufruem as classes dominantes, pode-se dizer que
não vivem no mesmo tempo. No entanto, essa divisão não é aceita pacificamente,
o assujeitamento às elites hoje em dia só existe em figuras fictícias como um
senhor Tompson da novela Salve Jorge. Como os governantes políticos
protagonizam os noticiários de corrupção, e as promessas de campanha não se
concretizam, as pessoas, praticando o capitalismo a sua maneira, exercem o
individualismo e acreditam que todo tipo de violência é justificável. Em outras
palavras, a miséria sócio-econômica gera a violência. Quer um exemplo disso? Um
país quando percebe que pode levar vantagens econômicas produz guerras
sangrentas e cometem crimes muito mais hediondos do que é permitido um cidadão
cometer para sobreviver.
É
claro que há quem descarte as condições sócio-econômicas que geram a
violência, defenda a punição mais severa
aos bandidos que tiram o sono da burguesia inocente. Este é o mote de muitos
textos românticos, por exemplo. Mas as
constatações do estudo elaborado pela consultoria britânica evidenciam que são determinantes
da não violência: a renda, o grau de escolaridade, o nível de integração
regional e a extensão territorial menores.
Não
temos conflitos regionais, não queremos cortar o Brasil ao meio, pelo menos na
atualidade, então nos resta cobrar dos governantes o investimento nas políticas
públicas que visem melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano, priorizando a saúde,
a educação e a formação profissional. A realidade que vemos hoje são brasileiros
servindo ao crime organizado, e o governo importando médicos de outros países.
É isso mesmo! Precisamos priorizar a educação em nosso país.
ResponderExcluirQue texto maravilhoso, Leila. É exatamente isto. Devemos exigir dos governantes mais investimento na educação pois sabemos que somente por meio dela é que este país pode mudar. Parabéns por este trabalho lindo.
ResponderExcluirÉ exatamente isto. Devemos exigir dos governantes mais investimento na educação pois sabemos que somente por meio dela é que este país pode mudar. Parabéns por este trabalho lindo. São iniciativas como esta que fazem a diferença na educação. Professora Marta
Excluira exclusão porque a violência veio depois
ResponderExcluirÓtimo texto, retrata bem a verdade.
ResponderExcluirHa muito tempo, bato na tecla de que todo país deve primeiro pensar e investir na educação, se de fato quer um país justo e igualitário. Não adianta alardiar pelos quatros cantos como se vivêssemos um conto de fadas. O texto acima, mostra bem o retrato da realidade que vivemos, é uma verdade nua e crua que nossas autoridades e formadores de opinião não fazem muita questão de levantar. Tratar de forma séria e comprometida de um assunto como o abordado requer séria mudanças de atitude e de comportamento, e nossa sociedade quase como um todo, está doente neste aspecto.
ResponderExcluirMuito se fala sobre melhoria na educação, mas ainda estamos muito distante de uma melhoria real e significativa na educação brasileira, e aqui não adianta falar apenas nos primeiros níveis da educação, como todos sabemos, o problema é crônico em todas as etapas. De que forma podemos sonhar com uma educação com mais qualidade no Brasil? Na minha modesta opinião, nossas autoridades governamentais juntamente com os poderes legislativo e com o envolvimento da sociedade tem como mudar este quadro, mas para isso, é necessário que haja comprometimento, é necessário que haja menos corrupção, é necessário que haja interesse, vontade política e acima de tudo respeito pelo pessoa do ser humano.
ResponderExcluirA educação continua mesmo em segundo plano. É revoltante, Davimar, ler a Lya Luft escrevendo na Veja que não se sente protegida e que queria mais policiais na rua dela, ignorando todos os problemas sociais que desencadeia a violência.
ResponderExcluirPorque a exclusão veio primeiro
ResponderExcluirA educação pode ser prioridade dos governos desde que haja interesse em melhorar a qualidade de vida das pessoas. Pela educação, as pessoas poderiam atuar socialmente, quem sabe, de forma consciente. Epa! Isso não deve ser muito do interesse das esferas de governo, afinal, graças a exclusão, em toda campanha eleitoral as promessas se repetem, alguns se elegem, outros reelegem... e a população deixa de cobrar dos políticos suas promessas. Se o lema passa a ser "salve-se quem puder", muitos entram na criminalidade. Violência e exclusão mostram que nossos problemas sociais não podem mais serem negligenciados.
ResponderExcluirFicou muito legal fala muito da educação ?
ResponderExcluirHoje em dia o mundo dos excluídos está esmagado por um sistema tão forte, tão seguro de si mesmo que pode dar-se o luxo de nem sequer dar-se conta da existência dos excluídos, salvo nos discursos oficiais para dar-se boa consciência. Porém na hora das decisões, os pobres nem sequer são contemplados. Esta situação lembra-nos a situação dos cristãos no império romano antes de Constantino. A força do império era total e a distância entre a classe dirigente romana e a massa dos povos subjugados era infinita. Uns tinham todos os poderes e os outros nada de poder. A metade dos habitantes eram escravos ou libertos ainda dependentes dos antigos senhores.
ResponderExcluirSob as ditaduras explícitas era mais fácil descobrir os limites. Hoje no sistema econômico em que estamos a publicidade do sistema está muito melhor organizada para esconder o que está acontecendo. Os responsáveis estão escondidos e a responsabilidade é distribuída entre muitos de tal modo que todos se sentem inocentes.
ResponderExcluirO poder publico e o principal responsável pela desigualdade do nosso pais, se as verbas publicas fossem melhores utilizadas não haveria necessidade de buscar profissionais em outros países.
ResponderExcluirNosso, governo e o principal culpado se eles disponibilizar ensino de qualidade para todos não tinha um numero tão grande de jovens analfabetos, mas e isso e O que o povo gosta ne?
ResponderExcluirÉ exatamente isto. Devemos exigir dos governantes mais investimento na educação, se eles se motivarem a fazer isso, nosso pais será muito melhor .
ResponderExcluirVinicius Matheus , 9 B
" Era uma país muito engraçada não tinha escola só tinha estádio , ninguém podia protestar não , senão a PM centava a mão " .
ResponderExcluir( Por , Gabriel , Elias )
isso e muito bom,aas pessoas pensa ,sao inteligentes acredito que em algumes escolas tem tenha isso para as crianças e para os adolecentes e é muito importante para as pessoas saberem isso e bom para os pais que tem os filhos assim :) poor: larissa ceccato e andressa camargo 8:a
ResponderExcluirÉ isso aí Leila, está corretíssima...gostei muito de seu texto..Um abraço!!!!
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